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Pé direito? Baixo, Alto , Duplo – O que é? Comercial e Residencial – Vantagens e Desvantagens

Se você já “comandou” uma construção, ou se está planejando uma obra, provavelmente ouviu falar sobre o pé direito. No entanto, apesar de ser bastante comum, o termo não é muito bem compreendido. Até porque seu nome não sugere nada específico. Assim, neste texto vamos explicar o que é o pé direito na arquitetura, e suas medidas e usos. Acompanhe!

O que é o pé direito?

O pé direito de um imóvel nada mais é do que a altura entre o piso e o teto da parte interna da casa. Ou seja, a medição entre o piso e o forro da edificação. O planejamento dessa medida é fundamental para garantir um imóvel confortável e bem construído.

Imagine, por exemplo, que o pé direito do imóvel seja muito baixo. Nesse caso, a sensação pode ser claustrofóbica, pois quando estiverem em pé os indivíduos estarão muito próximos ao teto. Já um pé direito muito alto tem diversas vantagens, mas também deve ser bem calculado e adaptado à edificação.

Segundo conta-se, o termo “pé direito” começou a ser utilizado na arquitetura ainda na Idade Média. Nessa época, o nome era utilizado para se referir aos grandes pilares que apoiavam os arcos das construções. As obras eram feitas de pedra, e um espaço maior entre o chão e o teto era sinal de poder e riqueza.

Pé direito: altura

Existem cinco tipos de pé direito: o baixo, o comum, o alto, o duplo e o triplo. Um pé direito baixo tem altura menor do que 2,40 metros, o que é uma medida bastante pequena. Considere, por exemplo, que a média de altura de um homem é de 1,80 m. Nesse caso, há apenas 60 centímetros de diferença entre o teto e o indivíduo. A sensação desse morador, ou visitante, será de certa claustrofobia, de que ele está sendo pressionado contra o chão, algo muito desconfortável.

Já um pé direito comum tem altura de 2,80 m. Considerando ainda o exemplo anterior, a distância entre o indivíduo em pé e o teto é de 1 metro, bem mais confortável que o espaço anterior.

Por outro lado, o pé direito alto possui medida acima de 3 metros. Apesar de não muito diferente da altura comum, ele consegue oferecer uma sensação de amplitude maior, com conforto também potencializado. No caso do pé direito duplo, a medida é de mais ou menos o dobro do comum, igual à 5 metros. A altura pode chegar à marca de 8,4 metros – o que é chamado de pé direito triplo.

Qual medida usar?

O indicado é sempre utilizar, no mínimo, a medida de altura comum, pois a baixa pode ser muito desconfortável. Caso o objetivo seja um visual mais robusto e imponente do imóvel, o ideal é utilizar a medida dupla, pois ela cria sensação de amplitude do espaço. Quando associado a grandes janelas verticais, a percepção de amplitude é ainda maior.

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Um pé direito alto ainda proporciona melhor iluminação e ventilação do ambiente. Afinal de contas, o espaço de “trânsito” do ar é maior. Contudo, é fundamental investir bastante na iluminação. Se forem fracas ou mal planejadas, as luzes tornarão o espaço visualmente frio, e bem pouco aconchegante.

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Para diminuir essa sensação de frieza, é igualmente interessante investir em cores fortes na parede e decoração. Papeis de parede, cortinas de tecido, móveis e outros podem auxiliar neste up.

Pé direito duplo – O que é?

Se o seu objetivo for utilizar pendentes ou lustres, o mais recomendado é utilizar o pé direito duplo ou triplo. Com eles, o ambiente não será “poluído” pelo item de decoração pendurado. A alternativa é muito interessante para o clima de conforto e sofisticação do ambiente.

Além disso, é importante destacar que o imóvel não precisa ter todos os seus cômodos com a mesma medida de altura entre o chão e o teto. É muito comum, por exemplo, que a sala de estar e de jantar possuam medida dupla, enquanto banheiro e quartos ganham pé direito comum. Isso destaca um ambiente, e torna o espaço de recepção dos visitantes mais atraente.

Também é uma tendência utilizar o pé direito duplo apenas na sala. O resultado é uma casa com estilo de sobrado, mas apenas em seu fronte. É isso que cria o visual externo “desigual”, com uma parte da fachada mais alta do que o restante. Os demais cômodos do imóvel continuam com a estrutura de casa térrea.

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Vantagens do pé direito alto

Utilizar as medidas mais altas em casa é algo cheio de vantagens, com algumas pequenas ressalvas. Para começar, a opção valoriza o imóvel, pois o torna visualmente mais bonito. Assim, vendê-lo por um preço maior do que o de mercado não é um grande problema.

Outro ponto interessante é que a altura maior diferencia seu imóvel de outros, destacando-o na vizinhança. Ao mesmo tempo, há a melhoria do conforto térmico do espaço, como já citado. Isso ocorre porque, além de circular melhor, o ar quente tende a subir no cômodo, e o frio a descer.

Por outro lado, o sistema requer gastos maiores, pois a estrutura será mais extensa. O gasto com a mão de obra é igualmente maior, e requer maior capacidade do responsável pela obra. Necessário ainda acabamento diferenciado, pois não é interessante deixar o teto muito vazio.

Neste caso, é possível investir em uma série de recursos muito atraentes. Como a moldura de gesso, que está disponível no mercado em diversos formatos. Elas criam detalhes nos cantos do espaço, e assim o tornam mais bonito. Aplicar partes de madeira na parte superior do cômodo é igualmente interessante. O visual obtido é aconchegante e “quente”, além de bastante elegante.

Ao mesmo tempo, você pode utilizar estruturas que cubram completamente a parede, como enormes janelas, ou uma grande porta de entrada. Elas aumentam a sensação de amplitude e de imponência, com certo luxo agregado.

Desvantagens pé direito alto

Dificuldade para acertar a acústica, manutenção e limpeza, são algumas das desvantagens que o pé direito alto pode apresentar.

Outro problema também muito comum é a posição do pé direito, caso esteja de frente para o nascer do sol, poderá receber insolação grande parte do dia, representando um calor excessivo no ambiente.

Cuidados com as grandes medidas

Ademais, o cômodo em que o pé direito é instalado não deve ser muito pequeno. Caso seja, o resultado será de uma estética esquisita, pois o ambiente ficará “esticado” verticalmente. Por isso, avalie a largura e comprimento do local: ambos devem ser maiores do que a altura do piso ao teto.

Finalmente, é comum que um espaço mais amplo verticalmente sofra ecos. Por isso, a decoração do cômodo deve incluir itens que abafem parte do som. Isso pode ser feito com tecidos nas paredes, cortinas de pano, forro de gesso ou outras técnicas indicadas pelo arquiteto.

Pé direito e pé esquerdo: arquitetura

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Não é apenas o termo “pé direito” que faz referência ao corpo humano no mundo da arquitetura. Também há o chamado pé esquerdo, que corresponde à altura do pé direito somada à espessura da laje. Se a casa possuir apenas um andar, a medida indicará a medida do piso até chegar ao telhado. Se houver outro patamar, o pé esquerdo corresponderá à altura do piso até a parte de cima do piso superior, ou seja, por onde os indivíduos caminham.

De modo geral, essa medida é utilizada para definir a altura de uma escada no imóvel. Afinal de contas, a estrutura deverá chegar até o piso do patamar superior.

Altura do pé direito comercial

Para garantir conforto e padronização entre os ambientes comerciais, os arquitetos indicam que a medida mínima de um espaço do tipo seja de 3 metros. Essa medida facilita a instalação de diversos tipos de atividades empresariais no imóvel. Em edifícios adaptados para o comércio, a medida mínima aceitável é de 2,70 m.

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Importância do projeto arquitetônico

Para o uso de qualquer das medidas de pé direito, é fundamental que você conte com um bom projeto arquitetônico, estabelecido por profissional capacitado. Isso porque, é o projeto que define todas as medidas a serem seguidas, os cálculos para erguimento da edificação, e os materiais mais adequados e seguros para a construção.

É por meio do projeto do imóvel, por exemplo, que uma boa iluminação natural é planejada. Ao mesmo tempo, o consumidor obtém uma edificação com o posicionamento correto no loteamento, de modo que a incidência solar não seja intensa demais durante o dia.

O arquiteto também define os modos de se obter uma boa ventilação no espaço, garantindo conforto a qualquer momento. Os espaços também precisam ser funcionais, bem divididos, e produzirem certa integração entre os moradores.

Para que tudo isso seja feito da melhor forma, o arquiteto ainda estuda o loteamento, o tipo de solo e a necessidade de fundação para o projeto. Detalhadas, as informações podem ser fielmente seguidas pelos pedreiros e demais executores da obra. O resultado será de um imóvel muito mais atraente, bem-feito, e do jeito que o consumidor sempre sonhou.

Assim, lembre-se de contratar um profissional capacitado e de confiança. Na dúvida, solicite planos de mais de um especialista. Você só precisa explicar quais suas ideias para o imóvel, e o arquiteto irá desenvolvê-las de modo prático e possível à construção. Sem dores de cabeça, e sem a preocupação intensa de que seus planos serão bem executados.

Fotos pé direito alto